terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Espaço Geográfico


Categorias de análise:

-Paisagem: para a geografia é uma parcela da superfície que pode ser apreendida pelo olhar. A paisagem materializa relações econômicas, sociais e trabalho. È algo momentâneo.


Avenida Paulista no Presente

-Lugar: Parcela na superfície onde ocorreu nossa vivência, relações cotidianas. Um lugar só deixa de ser uma paisagem para nós, quando passamos a ter vivência nele. Por exemplo, o colégio Santa Clara é um lugar para seus alunos. Mas, para um aluno de uma outra escola não é um lugar, pois não teve contato ou vivência. Outro exemplo seria o interior da praça Panamericana e a marginal Tietê, não temos uma relação, mas comparando com um parque que brincávavos quando era criança, é um lugar, pois teve uma relação, um vivência.
Palco dos nosso afetos: positivos, negativos.
Letra das músicas: Portão de Roberto Carlos, e Sampa de Caetano Velos


Roberto Carlos - O Portão

Eu cheguei em frente ao portão
meu cachorro me sorriu latindo
Minhas malas coloquei no chão,
eu voltei

Tudo estava igual como era antes,
quase nada se modificou
Acho que só eu mesmo mudei,
e voltei ...

Eu voltei,
agora pra ficar,
porque aqui,
aqui é o meu lugar
Eu voltei pras coisas que eu deixei,
eu voltei ...

Fui abrindo a porta devagar,
mas deixei a luz entrar primeiro
Todo meu passado iluminei,
e entrei ...
Meu retrato ainda na parede,
meio amarelado pelo tempo
Como a perguntar por onde andeie
eu falei ...
Onde andei não deu para ficar,
porque aqui,
aqui é o meu lugar
Eu voltei pras coisas que eu deixei,
eu voltei ....

Sem saber depois de tanto tempo
se havia alguém a minha espera
Passos indecisos caminhei
e parei
Quando vi que dois braços abertos,
me abraçaram como antigamente
Tanto quis dizer e não falei
e chorei ....
Eu voltei,
agora pra ficar porque aqui,
aqui é o meu lugar

Caetano Veloso - Sampa
*homenagem à cidade de São Paulo, Brasil

Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João
é que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
da dura poesia concreta de tuas esquinas
da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee, a tua mais completa
tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu
rosto
chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto, mau gosto
é que Narciso acha feio o que não é espelhoe a mente apavora o que ainda não é mesmo velho
nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
afasto o que não conheço
e quem vende outro sonho feliz de cidade
aprende de pressa a chamar-te de realidade
porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
da força da grana que ergue e destrói coisas belas
da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços
tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Panaméricas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
mais possível novo quilombo de Zumbi
e os novos baianos passeiam na tua garoa
e novos baianos te podem curtir numa boa.

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